quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Solar dos Jatobás - Maquete

Olá! Depois de algum tempo sem postar aqui, volto com um trabalho meu... não um projeto meu, mas uma maquete que eu fabriquei, de um condomínio vertical que será construído em breve aqui na cidade onde moro, Primavera do Leste.
O projeto é da arquiteta e engenheira civil Iraci Ruaro, e será construído por sua construtora, Tupã, que já tem 25 anos de existência, e já construiu vários edifícios aqui na cidade. A previsão para o início das obras é para novembro ou dezembro deste ano.

Descrevendo um pouco como será o condomínio, serão dois blocos com oito pavimentos cada, e cada um com quatro apartamentos por pavimento, sendo no pavimento térreo três apartamentos, o hall, uma academia e uma brinquedoteca.


Haverá uma área de lazer com uma quadra poliesportiva, um playground maior, um menor, três quiosques com churrasqueira, um salão de festas, denominado espaço gourmet e piscina com três níveis.

Haverá estacionamento com vaga para dois veículos por apartamento.
Fui solicitado a desenvolver a maquete para a divulgação da venda dos apartamentos, que foram vendidos em poucas semanas.





Utilizei a escala 1:50, um tamanho que possibilita um grande nível de detalhamento, busquei representar ao máximo como será depois de construído, para que os compradores e admiradores pudessem ter uma noção real do condomínio, suas edificações e equipamentos. Procurei eu mesmo fazer as pecinhas, como bancos do jardim, equipamentos da quadra, playground, churrasqueiras, palmeiras etc. As figuras das pessoas, os carros, postes e a maioria das árvores foram comprados prontos, pois o tempo era curto, mas o restante eu mesmo fabriquei, procurando a proporção exata e num máximo detalhamento.
Foi a maquete mais trabalhosa que fiz até hoje, por ser a mais detalhada e com menor tempo disponível para entregá-la, tive exatamente um mês para desenvolvê-la, por isso foram várias madrugadas nas dependências da Móveis Gabriel trabalhando para cumprir o prazo, mas foi muito interessante, e por que não dizer a mais prazerosa, pois é um trabalho que sempre tive imenso prazer e empolgação em realizar, sempre com ansiedade para ver o resultado. Espero que os próximos sejam ainda mais interessantes...
Veja mais fotos da maquete no meu Flickr.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

PLANO PILOTO - BRASÍLIA

Olá leitores, admiradores, curiosos, amantes ou apenas interessados em assuntos arquitetônicos e urbanísticos, hoje vou comentar sobre o plano urbanístico principal da cidade de Brasília, nossa capital federal, inaugurada no ano de 1960.

Lúcio Costa (1902-1998), arquiteto e urbanista nascido na França, mas residente no Brasil desde jovem, teve seu projeto vencedor do concurso para o plano urbanístico da nova capital federal do Brasil, na década de 1950, por iniciativa do então presidente da Republica, Juscelino Kubitschek. O local escolhido foi um planalto em pleno cerrado, no centro geográfico do Brasil, mais precisamente no Estado de Goiás, onde foi criado o Distrito Federal.
2.1 O presidente Juscelino Kubitschek e o urbanista Lúcio Costa, em 1959

2.2 O Plano Piloto
O plano piloto definido por Lúcio Costa tomou como partido o formato de cruz, curvando um dos eixos, chegando a um desenho parecido com um arco e flecha, lembrando mais uma ave de asas abertas, no qual o eixo central (ou corpo da ave) no sentido noroeste/sudeste define o fluxo principal, o chamado Eixo Monumental, abrigando pontos turísticos, edifícios e espaços públicos, e uma grande praça gramada em meio aos edifícios culturais, catedral, palácios e edifícios que formam a administração, os ministérios e os três poderes públicos federais (estes voltados para a extremidade sudeste, em direção ao Lago Paranoá).
2.3 Vista do Eixo Monumental

As “asas” laterais ao Eixo Monumental, as chamadas Asa Norte e Asa Sul, formam o eixo transversal, em suave curva, no sentido norte/sudoeste, que abriga vários setores distribuídos a partir do eixo central, iniciando com os setores bancário, hoteleiro, comercial, entre outros, seguindo com os setores residenciais e setor universitário (este na Asa Norte).
As áreas residenciais foram divididas em superquadras, que abrangem as residências em meio as áreas verdes, e entre elas foram localizados diversos pontos com serviços para atender a necessidades básicas para o dia-a-dia da população, como lojas, mercados, igrejas, escolas, praças, entre outros, distribuídos de uma forma que se possa sair de casa e chegar a esses locais percorrendo uma pequena distancia, podendo até fazer o percurso a pé, por passeios em meio as áreas de sombra, geradas pelas grandes árvores que cobrem vastos gramados, e isso sem a necessidade de atravessar avenidas com demasiado movimento de veículos.
2.4 Vista aérea a partir da Asa Norte em direção ao Eixo Monumental


2.5 Vista parcial de uma das Super Quadras Sul, foto de 1976

2.6 Bloco residencial na Asa Norte
Outro fator que contribui para diminuir as distâncias a serem percorridas pelos pedestres é a circulação com livre acesso ao interior das superquadras, e até mesmo pelos edifícios residenciais, que como são apoiados sobre pilotis, de modo que os pavimentos térreos sejam abertos e de livre circulação. Este também era o pensamento de Le Corbusier (1887-1965), arquiteto e urbanista franco-suíço, que dizia que a cidade deve aumentar suas superfícies plantadas, que é preciso construir o centro da cidade para o alto, ou seja, verticalizar as edificações, que quanto maior a densidade populacional, de uma cidade, menores são as distâncias a serem percorridas, pois a cidade ocupa um espaço relativamente menor, aumentando as áreas verdes, jardins, espaços abertos e de preservação ambiental.

Paralelamente as avenidas que formam o eixo principal das “asas” (chamado ”eixão”) estão distribuídos os prédios residenciais de formato padrão, denominados blocos, e afastando-se do “eixão”, estão distribuídas as casas unifamiliares, edificações residenciais de menor densidade.
2.7 Pavimento térreo de um dos blocos, mostrando os pilotis

2.8 Mapa do Plano Piloto - Brasília

Brasília é uma cidade com urbanismo e arquitetura modernos, apesar de já ter sido construída a pouco mais de 50 anos, até mesmo por ter sido projetada para receber um grande número de habitantes, o que obviamente já ultrapassou com anos de crescimento, formando diversas cidades satélites em volta do plano piloto.

Em uma futura postagem quero comentar a respeito da parte arquitetônica do Plano Piloto de Brasília, que tem como principal responsável o arquiteto Oscar Niemeyer.
Espero que tenham gostado deste post, um abraço a todos, e até o próximo post!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Fallingwater

Saudações caros leitores, acabei de montar o blog, para compartilhar trabalhos arquitetônicos e urbanísticos, meus ou que sejam interessantes de serem analisados e sirvam de inspiração, seja de épocas anteriores a nossa, ou da nossa época atual e, do nosso futuro que está por vir. Projetos que faremos para contribuir com o meio ambiente e com os seres que habitam o planeta, sempre pensando na preservação dos recursos naturais e no conforto, além da melhor convivência entre os seres do nosso planeta.

Como primeiro post, comentarei sobre a Fallingwater House (casa da cascata), que foi a obra arquitetônica que mais me chamou atenção no primeiro ano de faculdade, tanto que no segundo semestre, em um trabalho de História da Arquitetura executei uma maquete da casa, em escala 1:200, a qual infelizmente acabei nem tirando foto, e nunca mais a vi, pois meu professor gostou tanto que acabou não me devolvendo... Não sei se isso é bom ou ruim, só sei que fiquei sem a minha maquete...


1.1 Fallingwater House
Ela foi projetada pelo arquiteto estadunidense Frank Lloyd Wright (1867-1959), e construida por volta de 1936, em Bear Run, Pensilvânia, Estados Unidos.
A Fallingwater House foi inserida em meio a uma mata, sobre um pequeno riacho, num solo muito rochoso, e mesmo assim procurou-se não modificar o terreno, preservando o relevo, a vegetação e o rio, e foram utilizados materiais regionais para sua construção, o exemplo das pedras que formam a estrutura e dão acabamento a casa. Pode-se perceber que em certas partes da casa, a estrutura foi feita em curva, de forma a desviar das árvores existentes, para evitar de que elas tivessem que ser cortadas. E na parte interna da casa existem rochas que foram preservadas, ou seja, a casa foi construida em meio a elas, sem que elas fossem retiradas do local, causando um efeito visual rústico e bonito, misturado com o ar modernista das formas da construção.
Sendo um belo exemplo da arquitetura moderna, onde o conjunto edificação/meio ambiente criam uma forma harmoniosa, com espaço confortável, a vista de uma paisagem natural agradável e pronta para suportar as mudanças de clima da região, pois o inverno possui um frio muito rigoroso, chegando a nevar muito.


1.2 Através do pergolado percebe-se a preocupação em preservar as árvores existentes

1.3 Harmonia entre paisagem e edificação

1.4 Vista do living no interior da casa